O advogado Cristiano Zanin, 47, assegurou a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no começo da noite desta quarta-feira (21), após conquistar 58 votos favoráveis à sua indicação junto ao plenário do Senado. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele ocupará o lugar que foi do ex-ministro Ricardo Lewandowski e poderá atuar na Corte pelos próximos 28 anos, quando completar 75 anos de idade, em 2051.
A expectativa é que seu nome seja oficializado como ministro da mais alta Corte de Justiça do país somente em agosto, em razão das férias dos magistrados que acontecem no mês que vem, de 2 a 31 de julho.
Zanin precisava de 41 votos para ser aprovado no plenário, mas conseguiu 17 a mais do que o mínimo necessário. Os votos contrários à sua indicação somaram 18 e não houve abstenção.
Pouco antes da votação no plenário, ele já havia passado por uma sabatina que durou mais de oito horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Senado, onde deu um verdadeiro passeio, obtendo 21 votos a favoráveis e apenas 5 contrários.
Zanin é formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1999, é especialista em litígios estratégicos e decisivos, empresariais ou criminais, nacionais e transnacionais
Considerado por juristas como garantista, ele ganhou projeção nacional e internacional quando assumiu a defesa do então ex-presidente Lula nos processos da Operação Lava-Jato. Sua atuação nesse caso foi considerada brilhante pelo mundo jurídico e resultou na anulação das condenações de Lula pelo STF.
Na explanação que fez aos senadores, ele afirmou que se considera “um defensor fervoroso da Constituição brasileira e um crítico atento às violações de direitos e garantias fundamentais”. Lembrou também aos parlamentares que, nos 25 anos como advogado, liderou mais de cem processos julgados no STF e mais de 550 julgados no Superior Tribunal de Justiça (STJ).