A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), entrou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira (02/10), contra a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), coordenadora jurídica da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que prometeu um “banho de sangue” caso o Marco Temporal não vire lei, através do Projeto de Lei 2903. A ameaça da parlamentar foi feita na quarta-feira (27/9), após a votação da proposta que contraria a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Onda de ataques
Segundo a Apib, naquele mesmo dia, a aldeia Barra Velha, do povo Pataxó, no município de Porto Seguro, na Bahia, foi atacada com mais de 100 tiros e nos dias seguintes foram registradas outras violências. Dias antes, em 18/9, o casal de rezadores do povo Guarani e Kaiowá, Sebastiana e Rufino, foram queimados vivos e encontrados mortos, em meio às cinzas da casa onde moravam, em Mato Grosso do Sul. Outro caso de violência já havia ocorrido na véspera, em 17/9, no Amapá, onde uma adolescente de 15 anos do povo Karipuna, foi estuprada e morta.
“A Apib denuncia as violências cometidas contra os povos indígenas e exige um basta nessa violência. É preciso acabar com o derramamento de sangue indígena e a fala da deputada apenas reforça todas as violências cometidas diariamente contra nossos povos”, informou a entidade.
(*) Com informações da Apib