A Polícia Federal (PF) assumiu nesta terça-feira (1/7) toda a responsabilidade pelo registro das licenças, controle e fiscalização das atividades de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, reunidos nos chamados CACs.
Anteriormente, tal atribuição estava a cargo do Comando do Exército.
A transferência para a PF visa conter o armamento generalizado da população, sobretudo do crime organizado, que se aproveitou do estímulo dado pelo governo Bolsonaro para quem quisesse comprar armas.
Perigo
Estima-se que existam cerca de 2.400 desses clubes no Brasil. A maioria deles (em torno de 80%) estão localizados a menos de 1 km de distância de escolas.
Logo após a sua posse, em 2023, o presidente Lula sugeriu ao então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, o fechamento de clubes de tiro no País, com exceção daqueles direcionados à formação de agentes de segurança.
Lula criticou o governo do seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), que liberou a compra de armas de maneira indiscriminada, favorecendo fortemente o crime organizado.
“No fundo, esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro. Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida”, afirmou Lula naquela ocasião.
