As chamadas “armadilhas” mortais, estratégia colocada em prática há menos de dois meses por Israel em Gaza, já provocaram 995 mortes, 6 mil feridos e 45 desaparecidos. Os dados foram divulgados neste domingo (20) por fontes médicas que atuam na região.
Essas mesmas fontes confirmaram à agência palestina WAFA, que “todas as vítimas eram civis que tentavam acessar ajuda alimentar antes que esses locais de distribuição fossem transformados em campos de extermínio, submetidos a franco-atiradores diretos e ataques de tiros pelas forças israelenses, em uma violação flagrante do direito internacional humanitário e dos princípios dos direitos humanos”.
Balanço
Em um novo balanço apresentado pelo Ministério da Saúde em Gaza, desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em 7 de outubro de 2023 até o dia 20/7 deste ano, o número total de mortos do lado palestino já atingiu 58.895 pessoas. Há ainda 40.980 feridos.
De acordo com a WAFA, muitas vítimas permanecem presas sob os escombros ou nas ruas, com equipes de resgate e ambulância incapazes de alcançá-las devido ao forte bombardeio e às condições perigosas no solo.
Esta última escalada ocorre no momento em que a situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar, com agências da ONU alertando para um desastre iminente para milhões de palestinos que vivem sob cerco.
A crise é exacerbada pelos ataques contínuos a abrigos e áreas de distribuição de ajuda, o fechamento de passagens de fronteira e o bloqueio da entrada de suprimentos humanitários e médicos essenciais.
(*) Com informações da Agência WAFA
Uma resposta
E o primeiro ministro dizendo que não há fome. Nas fotos das crianças em Gaza o cenário parece com Auschwitz.