Mercado insiste em não ver o óbvio: há mais empregos, consumo está aquecido e milhões deixaram a miséria

Até o FMI enxerga que a economia brasileira melhorou, mas…

Quem diria, mas até o Fundo Monetário Internacional (FMI) está reconhecendo que os indicadores da economia brasileira estão melhorando.

A instituição vê o país gerando mais empregos, a inflação sob controle e o consumo interno se aquecendo.

A constatação dos dados positivos levaram o FMI a rever para cima a taxa de crescimento do país para este ano. Refeitas as contas, os técnicos do fundo acharam por bem projetar uma expansão de 3% para o PIB neste ano.

Um aumento de 0,9 ponto percentual em relação à previsão anterior, de 2,1%, realizada em julho deste ano.

Apesar da constatação óbvia de que as coisas vão se ajeitando, o mercado financeiro insiste em negar a realidade. E segue na contramão dos bons ventos que sopram sobre a economia, pressionando o Banco Central (BC) a segurar a taxa de juros nas alturas.

Um movimento que impõe enormes prejuízos ao setor produtivo, coloca em risco os empregos e compromete o desenvolvimento do país.

Ainda por cima, mantém o Brasil no segundo lugar no ranking de países com o maior patamar de juros reais (taxa de juros descontada a inflação).

Para orgulho de ninguém, nesse quesito, o país fica atrás apenas da Rússia, que enfrenta um guerra, e acima de Turquia, México, Indonésia e Índia. 

2025

Embora tenha constatado melhoras neste ano, o FMI alerta que o cenário pode não se repetir em 2025. Ele projeta um recuo do crescimento para 2,2%. A explicação viria da redução de estímulos fiscais e do possível aumento da taxa básica de juros (Selic).

A Selic está fixada atualmente em 10,75%. Mas a torcida do tal mercado é de que taxa suba ainda mais neste ano e encerre 2024 no patamar de 11,75%.

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