Presidente dos EUA poderia aproveitar o Dia Ação de Graças para por fim à guerra promovida por Israel

Biden se preocupa com a sorte dos perus, mas não se comove com as crianças mortas em Gaza

Joe Biden perdoa o peru em cerimônia na Casa Branca; governo estadunidense é o grande fiador da guerra em Gaza

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, manteve a tradição às vésperas do Dia Nacional de Ação de Graças e evitou as mortes de dois perus nesta segunda-feira (25).

Com o perdão presidencial concedido às aves, elas foram poupadas de irem ao forno para serem servidas como o prato principal no jantar, que anualmente acontece nos lares dos estadunidenses, durante o feriado do Dia de Graças.

Nada contra as aves obterem o perdão e se safarem do forno.

O problema é que a menos de 10 mil quilômetros da Casa Branca, onde ocorreu a cerimônia em defesa das aves, há um genocídio em curso na Faixa de Gaza, cujas principais vítimas, segundo a ONU, são crianças e mulheres.

A guerra é levada a cabo pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com o propósito de exterminar o Hamas. Mas ela só acontece, porque conta com o apoio incondicional do governo estadunidense – o principal parceiro e avalista do governo israelense.

Em pouco mais de um ano, o conflito já provocou a morte de quase 20 mil crianças, e não há notícias de que elas tenham merecido algum tipo de atenção ou perdão por parte do presidente estadunidense.

Ao contrário, tudo acontece sob o olhar complacente e conivente do parceiro de sempre.

Gesto

O gesto de perdoar os perus é uma tradição nos EUA. Mas ele não impede que no dia seguinte, milhões dessas aves sejam abatidas e assadas nos fornos das famílias norte-americanas para festejar o feriado de Graças.

Na data, como de costume, os estadunidenses se empanturrarão com perus e outras incontáveis guloseimas.

Já em Gaza, as mais de 700 mil crianças que vivem atualmente em abrigos ou acampamentos, se sobreviverem até a quinta-feira (28), passarão o dia sem água e sem comida suficiente para aliviar a fome.

Segundo a Unicef, elas também não tem mais escolas nem cuidados médicos.

A maioria está mutilada e órfã.

Para sobreviver, contam apenas com a própria sorte.

Ou, quem sabe, com o olhar de compaixão (e o perdão) de Biden, atualmente o único capaz de deter a fúria assassina de Netanyahu, evitar as suas mortes e tirá-las do inferno em que foram jogadas.

O olhar de compaixão que Biden teve para os perus, não alcança as crianças vitimadas pela guerra em Gaza. Foto: Unicef

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