A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) aumentou a pena do fazendeiro e ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, de 64 para 89 anos de prisão.
A decisão foi dada em julgamento realizado nesta terça-feira (22) atendendo pedido do Ministério Público Federal (MPF). A sentença deverá ser cumprida imediatamente.
Mânica foi condenado como um dos mandantes do quádruplo homicídio de servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (três auditores fiscais e um motorista), ocorrido em 2004, no episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí.
Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e Aílton Pereira de Oliveira foram assassinados a tiros em uma emboscada. Eles investigavam denúncias de trabalho escravo em fazendas do Noroeste de Minas Gerais.
Reis do feijão
Antério e o irmão, Norberto Mânica, eram considerados os reis do feijão do país, com propriedades rurais em Unaí e no Paraná.
Norberto já havia sido condenado a 56 anos e três meses de reclusão. Outras duas pessoas – José Alberto de Castro e Hugo Alves Pimenta – receberam penas de 41 anos e três meses e 27 anos de prisão, por contratarem os pistoleiros que executaram os disparos contra os servidores.
Já os pistoleiros Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda foram condenados a 76, 94 e 56 anos de prisão, respectivamente.