Collor pode pegar 33 anos de prisão

Fernando Collor, o ex-presidente de triste memória, que confiscou a poupança dos brasileiros e que foi tirado do cargo graças a um processo de impeachment, parece não ter aprendido nada com a sua vexatória e traumática passagem pela presidência, muito menos com o infortúnio que causou à maioria da população.

Alçado à política como “caçador de marajás” e salvador da pátria, ele está em vias de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 33 anos, dez meses e dez dias em regime inicial fechado, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O pedido de condenação de Collor, também ex-senador e ex-governador de Alagoas, foi feito nesta quarta-feira (17) pelo ministro do STF, Edson Fachin, que fixou ainda o pagamento de R$ 20 milhões por danos morais coletivo causado pelo ex-caçador de marajás.

Fachin é o relator da ação penal aberta em 2017 contra Collor, em um caso oriundo da Operação Lava Jato, que envolve supostos pagamentos de propinas em contratos da BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis.

Em seu voto, ele argumentou que Collor, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras e investigada na Lava Jato.

“Collor recebeu vantagem indevida no valor de R$ 20 milhões como contraprestação à facilitação da contratação da UTC Engenharia para construção de dois tanques de óleo diesel e um cais flutuante no terminal de combustível de Manaus, na base de distribuição de Cacaraí, em Roraima, e na base de distribuição de combustíveis de Oriximiná, no Pará”, afirmou.

Ainda faltam os votos dos demais nove ministros do STF. A defesa de Collor obviamente nega as acusações, diz que elas foram feitas baseadas em delação premiada e que não há nenhuma prova. Pode até ser, mas a julgar pela biografia dele e pela consistência do voto apresentado pelo relator, dificilmente o ex-salvador da pátria escapará dessa.

(*) com informações e foto da Agência Brasil


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