A Confederação das Carreiras Típicas de Estado (Conacate) bem que tentou anular o ato do governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), que numa canetada concedeu a si próprio e a todos os integrantes do 1º escalão do governo mineiro (vice e secretários do Estado), aumento de estratosféricos 300% para seus salários.
Mas a tentativa da Conacate foi barrada nesta segunda-feira (18) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A mais alta corte de Justiça do país formou maioria para rejeitar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) interposta pela Confederação.
Seis dos dez ministros, com o relator Cristiano Zanin puxando a fila, derrubaram a ADI, entendendo que a entidade não tem legitimidade para questionar o aumento. Dessa forma, ficou assegurado a Zema o direito de manter o reajuste.
Indignação
O aumento salarial definido por Zema deixou os mineiros indignados. Afinal, serão eles que terão de pagar a conta milionária aberta pelo governador.
A lei prevê que o aumento será aplicado gradualmente, em três anos. Já neste ano, o salário do governador deu um salto e passou de R$ 10.500 para R$ 37.589,96. Em fevereiro de 2024, o valor subirá para R$ 39.717,69 e, em fevereiro de 2025, irá para R$ 41.845,49.
Para quem fez campanha pregando austeridade, que governa um estado que deve mais de R$ 150 bilhões à União e vem defendendo o congelamento dos salários dos servidores públicos por dez anos, aumentar os próprios vencimentos dessa forma só pode ser … (sinta-se à vontade para completar a frase, meu caro leitor)