Em votação ocorrida na noite desta quarta-feira (13), o plenário do Senado aprovou os nomes de Flávio Dino para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para a Procuradoria Geral da República (PGR). A aprovação representa uma vitória inquestionável do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que demonstrou sua força junto ao parlamento.
Dino recebeu 47 votos favoráveis à sua indicação e 31 contrários. Já Gonet obteve votação mais elástica: 65 votos a favor e 11 contra a sua indicação.
A expectativa é de que os dois sejam nomeados pelo presidente Lula ainda nesta quinta-feira (14), em atos a serem publicados no Diário Oficial da União (DOU).
STF
O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Foi juiz federal por 12 anos, período no qual ocupou a presidência da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a secretaria-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele deixou a magistratura para seguir carreira política, elegendo-se deputado federal pelo Maranhão, em 2006.
O ministro também presidiu a Embratur entre 2011 e 2014, ano em que se elegeu governador do Maranhão. Em 2018, foi reeleito para o cargo. Nas últimas eleições, em 2022, elegeu-se senador e, logo após tomar posse, foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública. Agora, aos 55 anos, é o indicado do presidente Lula para o STF.
Dino assumirá a vaga deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou compulsoriamente da Corte, ao completar 75 anos de idade, no início do mês. Rosa foi nomeada pela então presidente Dilma Rousseff, em 2011.
PGR
Já na Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet ocupará a vaga aberta com a saída de Augusto Aras. O mandato de Aras na PGR terminou no fim de setembro, e a vice-procuradora Elizeta Ramos assumiu o comando do órgão interinamente.
Paulo Gustavo Gonet Branco tem 57 anos de idade e é subprocurador-geral da República e atual vice-procurador-geral Eleitoral. Tem 37 anos de carreira no Ministério Público. Junto com o ministro Gilmar Mendes, do STF, é cofundador do Instituto Brasiliense de Direito Público e foi diretor-geral da Escola Superior do Ministério Público da União.
(*) Com informações da Agência Brasil