Duas das sessões mais aguardadas da Ação Penal (AP 2668), que investiga a tentativa de golpe, serão realizadas nesta terça-feira (24), a partir das 10h, na sala de audiências do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em ambas ocorrerão acareações entre 4 dos 8 réus que integram o núcleo 1, considerado o principal da trama golpista.
Os dois primeiros a ficarem frente a frente serão o general Walter Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator do caso.
Em seguida, às 11h, será vez do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres e do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército e testemunha na ação, serem acareados.
Sem pipoca
Quem se acostumou a acompanhar os interrogatórios dos golpistas ao vivo pela televisão, pode deixar a pipoca no armário, pois, as portas estarão fechadas para a imprensa e não haverá transmissão pela TV Justiça.
A acareação entre Cid e Braga Netto foi solicitada pela defesa do general.
O general está preso preventivamente no Rio de Janeiro, e por isso deverá comparecer pessoalmente à Corte, com equipamento de monitoramento eletrônico, e retornar à unidade prisional logo depois.
Os advogadosquerem esclarecer as acusações de que Braga Netto discutiu o plano Punhal Verde e Amarelo, que visava matar autoridades. Outro ponto questionado é que o general teria entregue a Cid dinheiro em uma sacola de vinho.
Defesa de Bolsonaro poderá acompanhar
Moraes disse nesta segunda-feira (23) que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro poderá acompanhar a audiência presencial de acareação entre Mauro Cid, e Braga Netto. Segundo o ministro, todas as defesas dos réus do núcleo 1 da trama golpista podem participar sem autorização prévia.
Acareação
A acareação é um procedimento em que as pessoas envolvidas apresentam sua versão dos fatos frente a frente, com o objetivo de apurar a verdade.
Como acontece nos interrogatórios, nas acareações o réu não tem o compromisso de dizer a verdade, mas a testemunha sim.
(*) Com informações do STF e da Agência Brasil