A vereadora Amanda Gondim (PDT), de Uberlândia, é a sétima parlamentar mineira a receber ameaça de estupro “corretivo”, em menos de um mês. Em agosto passado,
seis outras deputadas e vereadoras LGBTI+, da Câmara dos Deputados, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), foram ameaçadas do mesmo crime e até mesmo de morte.
Amanda registrou Boletim de Ocorrência (BO) nesta segunda-feira (4). Ela relatou que a ameaça se deu por meio do e-mail institucional da Câmara de Uberlândia. O criminoso entre outras coisas, afirma na mensagem que “Isso não é violência, é o que chamamos estupro corretivo terapêutico, uma terapia de eficácia comprovada que cura o homossexualismo feminino porque ser sapatão é ser uma aberração”.
A vereadora é advogada e se define como mulher LGBTQIAP+, que atua ativamente na luta pelos direitos humanos. Na sua página do Facebook ela fez questão de publicar a mensagem ameaçadora na íntegra. E fez o seguinte comentário:
“Um ato criminoso, uma forte violência que vem na tentativa de tentar ferir quem eu sou e o meu trabalho. Sei que trabalho por justiça socioambiental e represento a luta coletiva de muitas pessoas. Eu trabalho pra fazer valer cada pessoa que votou em mim e minha essência é seguir firme. Temos um projeto para Uberlândia, um projeto inclusivo que abrange todas as pessoas à margem da sociedade, que se dedica à melhorar as questões cotidianas de nossos cidadãos, como transporte público, moradia, acessibilidade, justiça social. Nenhuma ameaça me intimida, sei que nosso trabalho é sério e com propósito!”.
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