A ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha foi eleita nesta quinta-feira (5) a nova presidente do Superior Tribunal Militar (STM).
Ela já havia se tornada a primeira mulher a presidir a corte mais alta da justiça militar entre 2013/2015, quando, na condição de vice, complementou o mandato daquele biênio.
Mas, diferentemente daquela época, a sua eleição ocorre agora, em meio a uma das maiores crises que atinge as Forças Armadas.
Há no momento, sete generais e 18 militares da ativa ou reformados, indiciados pela Polícia Federal (PF).
Eles são suspeitos de tramarem um golpe de Estado e de planejarem o assassinato do presidente Lula, do seu vice Geraldo Alckimin e do ministro do Supremo TribunaL Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Entre os indiciados, há ex-ministros e ex-comandantes das Forças no governo Jair Bolsonaro, sendo que um deles, Braga Netto, foi o candidato a vice de Bolsonaro na chapa derrotada em 2022.
Mineira
Maria Elizabeth é natural de Belo Horizonte (MG) e ingressou no STM em março de 2007, após ser nomeada pelo então presidente Lula.
Formada em Direito, em 1982, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e exerceu o cargo de Procuradora Federal. Também é Doutora em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os ministros do STM elegeram também para vice-presidente o atual presidente, ministro tenente brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo.
Ambos integrarão a presidência da Corte no biênio 2025-2027. A posse está prevista para o mês de março de 2025, em data a ser definida.
(*) Com informações do STM