Ao longo dos últimos oito meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve ao seu lado, integrando a sua equipe de segurança pessoal, no estratégico Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o tenente-coronel André Luis Cruz Correia, que, para espanto geral, estava envolvido em um grupo de WhatsApp composto por militares da ativa que faziam pregações golpistas.
Entre outras aberrações, o grupo defendia abertamente um golpe de estado e fazia ameaças ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A descoberta das atividades golpistas de Correia, que chegou a participar de viagens com Lula, no Brasil e no exterior, foi feita pela Polícia Federal (PF), após a apreensão do celular do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o também tenente-coronel Mauro Cid.
As investigações da PF revelaram ainda que Mauro Cid, ao lado de outros oficiais, integrava o mesmo grupo de militares que defendia o golpe de estado. A informação sobre o caso foi dada pela jornalista Andréia Sadi , no G1, nesta sexta-feira (29/8).
Assim que fez a descoberta, a PF levou o caso para o Palácio do Planalto, que deu ordem para que o segurança fosse demitido. O Ministro do GSI, General Marcos Antonio Amaro dos Santos, confirmou a saída de Correia da equipe de segurança presidencial, mas disse desconhecer o relatório da PF que motivou a “exoneração” do coronel.