Alheio à carnificina patrocinada por Israel em Gaza, o prefeito de Belo Horizonte Álvaro Damião (União) anunciou entusiasmado que viajará para aquele país nos próximos dias a convite do governo de Benjamin Netanyahu.
O objetivo, da viagem, segundo ele, é conhecer a “excelência” do modelo de segurança israelense para aplicá-lo na capital mineira.
Uma “excelência” desenvolvida pelos israelenses que tem um lado que Damião prefere não enxergar, mas que tem assustado meio-mundo, principalmente pela semelhança com os métodos empregados pelo regime nazista de Hitler para exterminar os próprios judeus.
São milhões de pessoas e dezenas de países em todo o planeta, que não aceitam mais o horror e a violência desmedida empregados por Israel sobre a indefesa Palestina.
Os métodos são frutos de um plano diabólico desenvolvido por Netanyahu e sua gangue, que visa a limpeza étnica do povo palestino, seja pelo bombardeio incessante do exército israelense ou seja pela fome, imposta por Netanyahu, o anfitrião de Damião.
“Nós fomos convidados pelo governo de Israel a fazer uma visita técnica, iremos participar de um evento e uma agenda muito grande lá. Vamos conhecer a excelência de Israel em segurança, a tecnologia que Israel tem e o que eles podem oferecer para Belo Horizonte para melhorar a segurança dos belo-horizontinos”, afirmou.
Ouvindo a justificativa de Damião para aceitar o convite feito por um governo que tem praticado as piores atrocidades contra o povo da Palestina, adotando ações cruéis que aleijam, cegam e matam milhares de crianças, o prefeito de BH dá mostras de estar vivendo numa realidade paralela.
Uma realidade que desconhece (será?) que em pouco mais de 600 dias de guerra já deixou um rastro de sangue e mortes.
E uma contabilidade macabra com cerca de 55 mil palestinos mortos, a maioria mulheres e crianças, milhares de órfãos e mutilados, além de um território completamente devastado.