A direita e a extrema direita tomaram a avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (7) para protestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e pedir anistia para golpistas do 8 de janeiro de 2023. O principal destaque da manifestação, além das narrativas nonsenses, foi uma bandeira gigantesca dos Estados Unidos, que eles fizeram questão de levar para o ato.
Com esse gesto, deixaram claro neste 7 de setembro do que são capazes para alcançar seus objetivos e de que lado estão no embate político.
E esse lado, obviamente, como ficou demonstrado, não é o do Brasil independente, dono da sua soberania e do seu próprio destino.
O dia 7 também serviu para eles demonstrarem o tamanho da submissão que nutrem pelos EUA. Bem como a disposição que têm para trair a própria pátria.
A escolha do dia da Independência também não deixa de ser emblemático por outros dois motivos:
1) ela ocorre em meio aos ataques disparados pelo governo Donald Trump contra o Brasil, suas empresas, instituições e cidadãos, e,
2) coincide com a reta final do julgamento de Jair Bolsonaro – o principal líder e beneficiado da suposta tentativa de golpe de Estado, que deverá ser condenado à prisão até o final desta semana.
“Batemos continência para a bandeira brasileira. Exaltamos a bandeira do Brasil, do povo brasileiro. Em pleno 7 de setembro os partidários de Jair Bolsonaro carregam, em manifestação por anistia, a bandeira dos EUA, que está impondo um tarifaço e sanções ao Brasil”, afirmou a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sobre o ato da Paulista.
Segundo ela escreveu no Instagram, “(eles, os golpistas) Fazem qq coisa pra livrar Bolsonaro das penas que há de merecer. A nossa luta é pelo Brasil, pelo povo brasileiro que merece e quer a isenção de IR pra quem ganha até 5 mil reais, pra quem consome até 80kw de energia elétrica, do gás de cozinha para 15 milhões de famílias. A PECda segurança. Essa é a pauta que nos interessa no Congresso e não a do golpista por anistia”.
O ex-ministro José Dirceu também lamentou a cena da bandeira estadunidense: “Essa é a fotografia que fica deste 7 de setembro: de um lado quem defende a soberania do nosso país e os direitos do povo, do outro quem é capacho do imperialismo estadunidense”.
O filósofo e escritor Vladimir Pinheiro Safatle afirmou nas redes sociais que “de todas as fotos medonhas da história brasileira, essa merece um lugar especial. O que o fascismo nacional quer não é um presidente, mas um administrador de colônia. Nem na ditadura militar se viu uma delinquência política tão desrecalcada”.




Uma resposta
Patriota cultuando bandeira americana.
Não entendi.