O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quarta-feira (31) o ex-presidente Fernando Collor de Mello a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Contudo, ele ainda não irá direto para o presídio. A pena só começará a ser cumprida efetivamente, depois que forem esgotados todos os recursos que a defesa ainda tem direito de apresentar junto ao STF questionando a sentença.
O ex-presidente foi acusado de ter recebido R$20 milhões em propina, dinheiro desviado da BR Distribuidora entre 2010 e 2014, e denunciado, em 2015, pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em um dos processos da Operação Lava Jato.
Collor foi eleito presidente em 1989 se apresentando ao eleitorado como o “caçador de marajás”, aquele que iria travar uma luta sem tréguas contra a corrupção – ironicamente, o mesmo crime que dois anos depois o levaria a sofrer um processo de impeachment e o afastaria da presidência da República, e, que, agora, acaba de lhe render uma outra condenação, desta vez à prisão em regime fechado.
