O ministro Luís Roberto Barroso foi eleito nesta quarta-feira (9) para presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele tomará posse no dia 28 do mês que vem, sucedendo a ministra Rosa Weber, de quem era vice, e terá incumbência de conduzir a mais alta Corte de Justiça do país pelos próximos dois anos.
Na mesma sessão plenária ocorrida nesta tarde no STF, os ministros também elegeram o ministro Luiz Edson Fachin para assumir a vice-presidência, no lugar de Barroso.
Rosa Weber completará 75 anos em setembro e atingirá a idade para aposentadoria compulsória. A saída dela, prevista para ocorrer no dia 2 de outubro abre oportunidade para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique, à sua livre escolha, um novo nome de ministro ou de ministra para o Supremo.
Vaga concorrida
A concorrência para o cargo como já era esperado é grande e há uma enorme pressão para que Lula indique, desta vez, uma mulher preta, já que os 11 atuais integrantes do STF são todos brancos e há apenas duas mulheres entre eles. A lista de cotados tem uma série de nomes e a movimentação nos gabinetes de ministros de Estado e do Poder Judiciário tem sido intensa.
A relação dos ministeriáveis para o STF inclui vários nomes, todos eles com padrinhos considerados fortes e com grande prestígio junto ao presidente Lula. Entre os mais cotados estão o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco; o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves, o único negro entre os 33 integrantes do STJ; o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o também ministro do STJ e corregedor-geral de Justiça, Luís Felipe Salomão; as desembargadoras Regina Helena Costa (STJ) e Simone Schreiber (TRF-2), e a advogada Vera Lúcia Santana, a única mulher preta que vem sendo citada com mais força.
Barroso
Luís Roberto Barroso, 65 anos, foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff e tornou-se ministro do STF em 2013. Nascido em Vassouras (RJ), em 11 de março de 1958, é doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e professor titular de Direito Constitucional na mesma universidade. Autor de diversos livros sobre Direito Constitucional foi procurador do Estado do Rio de Janeiro.
Fachin
Luiz Edson Fachin, 65 anos, também chegou ao STF por indicação de Dilma Rousseff. Ele nasceu em 8 de fevereiro de 1958, em Rondinha (RS). É professor titular de Direito Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde se graduou em Direito. Tem mestrado e doutorado, também em Direito Civil, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e pós-doutorado no Canadá. É ministro desde 2015.
