O governador Romeu Zema (Novo) emergiu das eleições municipais como um dos grandes perdedores. Em Belo Horizonte, por exemplo, ele conseguiu ser tri, tendo perdido em três oportunidades.
No primeiro e no segundo turno, ao apoiar dois candidatos diferentes, respectivamente, os deputados estaduais Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL), ele deu com os burros n’água.
Antes, na pré-campanha, Zema já havia fracassado ao tentar emplacar o nome da sua companheira de partido e secretária de Planejamento e Gestão, Luíza Barreto, para a prefeitura da capital mineira.
Como não conseguiu viabilizar a candidatura de Barreto, o governador mergulhou de cabeça na campanha de Tramonte.
O representante do Republicanos liderou a disputa durante todo o primeiro turno, mas acabou ficando em terceiro lugar, atrás do atual prefeito Fuad Noman (PSD) e de Engler.
Tão logo saiu o resultado do primeiro turno, Zema não pensou duas vezes. Correu para apoiar Engler, o candidato bolsonarista, que havia saído na frente no segundo turno.
A vitória de Fuad no domingo (27) impôs nova derrota ao governador.
Serviu também para redimensionar o seu tamanho político.
Afinal, olhando para além das montanhas da capital mineira, salta aos olhos a incapacidade de Zema de fazer valer o peso do governo mineiro na disputa.
Fica explícito também a sua inabilidade para articular apoios, agregar votos e se impor politicamente à frente do segundo colégio eleitoral do país.
No interior, a tomar por base o desempenho do seu partido político, chama a atenção o resultado igualmente pífio alcançado por ele.
Num universo de mais de 800 prefeituras em disputa, o Novo conseguiu eleger apenas 9 prefeitos (1% do total).
Derrotado três vezes na capital e sem ganhar praticamente nada no interior, Zema sai menor da eleições.
E se afasta do seu sonho de voar mais alto em 2026, quando pensa em se lançar candidato à Presidência da República.