O governador Romeu Zema (Novo), com o beneplácito da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), resolveu homenagear o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), concedendo a ele, o título de cidadão honorário de Minas Gerais. Coincidentemente, a solenidade de entrega de tamanha honraria está marcada para acontecer nesta segunda-feira (28/8), e ocorre em meio a investigações da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o suposto envolvimento do ex-mandatário em diversos crimes de corrupção.
Terá sido por isso que as faixas de protesto foram estendidas nas ruas e avenidas da capital mineira? Não se sabe ao certo. Como não se sabe também o que Bolsonaro tenha feito feito em prol dos mineiros durante os quatro anos de seu mandato. Será que Zema ou a ALMG saberiam dizer? Se sabem poderiam informar a todos.
O que se sabe, ao contrário, sobre o ex-presidente, é que ele no poder representou um retrocesso de décadas para o país, em todas as áreas. A sua gestão durante a pandemia foi criminosa, assim como suas políticas contra os indígenas e o meio ambiente foram genocidas e destruidoras, dispensando maiores comentários. Há que se destacar também, que desde que perdeu as eleições ele não deu um minuto de sossego aos brasileiros.
Bolsonaro não sai das manchetes dos jornais, pois enfrenta várias denúncias e processos na justiça de corrupção. Além da venda de joias presenteadas ao governo brasileiro por autoridades de outros países, pesam contra ele, suspeitas de fraude em cartões de vacinação, ataques às urnas eletrônicas e à democracia, tentativa de sabotar as eleições, golpe de estado etc.
Sem falar que ja foi julgado e condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder político e uso dos meios de comunicação, ao realizar ataques ao processo eleitoral durante uma reunião com embaixadores pouco antes das eleições de 2022. Só isso lhe rendeu oito (8) anos de inelegibilidade.
Sendo assim, Zema e a ALMG poderiam ter poupado os mineiros de passarem por esse constrangimento e verdadeiro vexame nacional, e o Estado, de ostentar alguém como Bolsonaro como sendo um dos seus.