Agora só falta saber quem mandou matar a ex-vereadora e por quê

Delação joga luz no caso Marielle

Assassinato da vereadora Marielle Franco segue sem solução há cinco anos. Foto: Facebook

Novas provas sobre o planejamento e a execução da ex-vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, vieram à tona nesta segunda-feira (24) por meio de uma delação premiada feita à Justiça, pelo ex-PM, Élcio Queiroz. Ele confessou que ao lado do também ex-PM, Ronnie Lessa, participou do duplo assassinato ocorrido em 2018 no Rio de Janeiro. Os dois ex-policiais estão presos desde 2019, mas, ao longo desse últimos quatro anos, as defesas de ambos vinham negando o envolvimento deles no crime.

Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, em sua delação, Élcio Queiroz afirmou que ele, na companhia de Ronnie Lessa, foi quem dirigiu o carro que perseguiu o veículo onde estava Marielle, e que coube a Lessa disparar os tiros de submetralhadora que acabaram matando a ex-vereadora e o seu motorista.

Dino explicou que foi essa delação (feita há cerca de 15 dias) que gerou a operação desencadeada nesta segunda-feira pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, para cumprir mandados de busca, apreensão e prisão. A operação batizada de Élpis (Esperança) possibilitou a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, que já havia sido preso em 2020, mas acabou sendo liberado na época para responder em liberdade a acusação de ter sido o responsável em dar o sumiço no carro utilizado pelos assassinos.

Na delação, Queiroz apontou Maxwell como sendo o responsável no bando para fazer o acompanhamento e a vigilância dos passos de Marielle antes do assassinato. Além do ex-bombeiro, o ministro disse que o delator apontou outras pessoas envolvidas, mas a maior parte da delação segue sob sigilo e que por isso não é possível revelar os nomes indicados por ele.

“A parte da investigação em torno da execução está encerrada; ela permite (que se avance para) um novo patamar de investigação, a dos mandantes”, disse Dino.


Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do Blog