Ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica colocam Bolsonaro no centro da armação do golpe

Depoimentos escancaram a trama golpista

Trinca golpista: Bolsonaro entre o então comandante da Marinha, almirante Garnier e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, levantou nesta sexta-feira (15) o sigilo de 27 depoimentos colhidos no âmbito do inquérito da Polícia Federal que investiga a trama golpista. Entre eles, estão as oitavas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de ministros civis e de militares da cúpula das Forças Armadas.

Os depoimentos do ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes e o do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, confirmam as suspeitas do papel central de Bolsonaro no plano traçado para golpear a democracia brasileira, com a anulação das eleições de 2022 e o cancelamento da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os dois militares detalham reuniões em que o ex-presidente e o ex-ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira trataram da minuta do golpe. Citam o ex-comandante da Marinha, almirante Garnier Santos, que teria colocado a Marinha brasileira à disposição de Bolsonaro para executar a trama.

O ex-chefe da Aeronáutica afirmou também que o ex-comandante do Exército (Freire Gomes) teria cogitado prender Bolsonaro se o então presidente insistisse em levar adiante o seu plano.

Leia a seguir os depoimentos do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e do tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da FAB. Pelo teor do que afirmaram à PF e pelos cargos que ocuparam no governo Bolsonaro, os dois são considerados os mais explosivos, entre todos os 27 depoimentos levados a público por Moraes:

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