Fuad Noman morre em BH aos 77 anos

Logo após a sua reeleição, Fuad fez questão de fazer uma vista ao presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morreu na manhã desta quarta-feira (26) aos 77 anos, na capital mineira, cinco meses depois de conquistar a reeleição para a prefeitura.

Fuad lutava contra um câncer e estava internado desde o dia 3 de janeiro deste ano, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, para tratamento oncológico.

Na noite de ontem (terça-feira), ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e apresentou comprometimento dos rins.

Os médicos conseguiram reanimá-lo durante a noite. Mas, segundo boletim do hospital, o quadro evoluiu com choque cardiogênico obrigando a aplicação de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas.

A respiração foi controlada por aparelhos e a pressão mantida estável com medicamentos. Porém, na manhã desta quarta-feira, ele apresentou insuficiência renal aguda e o quadro se tornou irreversível.

Trajetória

Fuad Noman assumiu a PBH há três anos, quando o prefeito Alexandre Kalil (sem partido) deixou o cargo para disputar a eleição para o governo de Minas Gerais.

Fuad foi reeleito em 2024 com 53,76% do votos válidos e se tornou o prefeito mais velho da história de Belo Horizonte.

Ele era natural de Belo Horizonte e graduado em economia.

Construiu uma sólida trajetória na administração pública. Começou como servidor público de carreira do Banco Central.

Ocupou, sucessivamente, cargos importantes no governo federal, governo de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte.

Ingressou no poder público em 1986, como secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Foi também secretário estadual de Transporte e Obras de Minas Gerais, nas gestões dos tucanos Aécio Neves e Antônio Anastasia, e secretário municipal da Fazenda no primeiro mandato de Kalil (então no PSD).

Ele assumiu o cargo de prefeito da capital mineira em 2022, após a renúncia de Alexandre Kalil, que concorreu ao governo de Minas Gerais.

Apesar do diagnóstico de câncer, Fuad decidiu concorrer à reeleição em 2024. Mas enfrentou muitas dificuldades no início da campanha.

A começar pelos desentendimentos que teve com o ex-aliado e ex-prefeito Kalil, que rompeu com ele e passou a criticá-lo ao longo da campanha.

Com bom trânsito no centro político, Fuad soube conquistar também o campo da esquerda.

E conseguiu derrotar o candidato da extrema-direita, o bolsonarista Bruno Engler (PL), que ameaçava ganhar a eleição do ano passado.

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