A administração do governador Romeu Zema (Novo) martela dia e noite na cabeça dos mineiros o slogan “Governo diferente, estado eficiente”. Uma autopromoção espalhada aos quatro cantos de Minas Gerais por meio de peças publicitárias de custo milionário, que passam uma mensagem pouco crível, a não ser para os incautos eleitores mineiros.
O incêndio que atingiu parte do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) na manhã desta quarta-feira (22) corrobora para a tese, pois, por sorte, ficou confinado em duas salas, e não se transformou numa tragédia. Assim mesmo, mais de 40 alunos passaram mal e precisaram ser levados para o pronto-socorro.
Independentemente do que pode ter causado o incêndio, na parte da manhã, quando o fogo começou, cerca de mil pessoas, entre estudantes e funcionários, estavam no prédio histórico de 117 anos do IEMG, localizado próximo à área central de Belo Horizonte.
Segundo depoimentos de alunos e funcionários, a comunidade escolar vinha alertando as autoridades já há há alguns anos para a insegurança e os riscos que corriam devido à falta de manutenção. As queixas recorrentes iam de paredes e telhados com infiltrações, rede elétrica comprometida e até salas de aulas inadequadas para abrigar os alunos.
Foi preciso essa quase tragédia para se descobrir que o IEMG, com seus 2 mil alunos matriculados e quase 300 funcionários, além de falta de manutenção, também não possui qualquer tipo de alarme ou sistema de prevenção contra incêndio.
Para um governo que vangloria-se de seus atos e que quer vender para a população a imagem da eficiência, ver uma escola centenária e emblemática, que já foi referência de ensino para os mineiros em estado de quase completo abandono, é mais que uma tragédia, é um atestado de fracasso.