Prioridade para deixar a zona de guerra é para os feridos; brasileiros e demais estrangeiros têm que aguardar por tempo indeterminado

Hospitais de Gaza voltam a ser bombardeados por Israel; ação dificulta saída de brasileiros

Exército israelense é acusado de lançar bombas de fósforo branco em áreas densamente povoadas de Gaza. Foto: WAFA

O Exército de Israel voltou a bombardear na noite desta sexta-feira (10), o hospital Al-Shifa – o maior complexo médico-hospitalar da Faixa de Gaza, localizado no bairro do norte de Rimal, na cidade de Gaza. A informação é da Agência Palestina de Notícias (WAFA). Também foram bombardeados outras quatro unidades hospitalares.

A investida israelense contra hospitais de Gaza tem dificultado o repatriamento dos brasileiros retidos na região. Como a saída dos brasileiros e demais estrangeiros está condicionada à transferência dos feridos da Faixa de Gaza ao Egito, os confrontos em torno dos hospitais podem dificultar a logística para a passagem das ambulâncias.

Segundo o informe da Wafa, além de atingir hospitais, os militares israelenses lançaram bombas de fósforo branco, em bairros próximos e no campo de refugiados de al-Shati (Praia). O fósforo branco é proibido pelo Direito Humanitário Internacional e o seu uso pode configurar crime de guerra.

A administração do Al-Shifa alertou para um corte de energia no hospital nas próximas horas. As reservas de combustível estão no limite, em consequência do bloqueio total de Israel à Faixa de Gaza.

Brasileiros

Os 34 brasileiros ou familiares já foram autorizados a deixar a Faixa de Gaza, mas não conseguiram atravessar a fronteira de Rafah com o Egito, porque a prioridade para a travessia são para os feridos, segundo informou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Vítimas

Iniciados há pouco mais de um mês, os ataques de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza, têm feito mais vítimas entre a população civil palestina, do que entre os integrantes do grupo perseguido pelo Exército israelense.

Até esta sexta-feira, o lado palestino contabilizava, em Gaza e na Cisjordania, ao menos 11.208 mortos (metade crianças), e um total de 29,5 mil feridos. Já o lado israelense registrava cerca de 1,2 mil mortes e mais de 4 mil feridos, a maior parte deles no dia 7/10.

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