A desativação ocorre um dia depois do ministro determinar à plataforma o pagamento de R$ 8 milhões

Moraes multa “X” e desativa sua conta pessoal na rede de Elon Musk

Moraes tem sido atacado por Musk, que defende os envolvidos na tentativa de golpe no Brasil. Foto: Redes Sociais

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desativou nesta sexta-feira (21), a sua conta pessoal na rede social X.

A assessoria do Supremo confirmou que foi o próprio ministro que desativou o perfil, no qual não publicava desde janeiro de 2024, segundo informado.

A desativação ocorre um dia depois de Moraes determinar que o X (ex-Twitter) faça o pagamento imediato de uma multa de R$ 8,1 milhões aplicada contra a empresa em outubro do ano passado.

O ministro estipulou o pagamento da multa após o X ter se recusado a retirar do ar o perfil do blogueiro Allan dos Santos.

O blogueiro está foragido da Justiça nos Estados Unidos, e divulgou conversas falsas atribuídas a uma jornalista .

O X não respondeu satisfatoriamente ao STF e a conta foi suspensa.

Outros ministros do Supremo – como Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Flavio Dino – seguem com perfis ativos no X, todos com diversas postagens feitas nos últimos meses.

Moraes x Musk

Moraes vem sendo atacado com frequência pelo empresário Elon Musk, que comprou o Twitter em 2022 e mudou o nome da rede social para X.

Além de trilionário, Musk assumiu neste ano a chefia do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) no governo de Donald Trump.

Sob o comando de Musk, a rede deixou de moderar diversos conteúdos ofensivos que eram antes apagados.

Musk critica diretamente Moraes pelas decisões em que o ministro determina a suspensão de perfis no X.

O empresário utiliza sua rede pessoal também para criticar a condução das ações penais contra os envolvidos na trama golpista e nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

(*) Informações do STF e da Agência Brasil

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