Em apenas 18 dias de conflito entre Israel e o Hamas, os dois lados já contabilizam as mortes de pelo menos 6,5 mil pessoas. A esmagadora maioria delas, de cerca de 5 mil mortos, são civis palestinos. Basicamente mulheres, idosos e mais de 2,5 mil crianças palestinas, os alvos mais fáceis da política de extermínio implementada por Benjamin Netanyahu – a besta-fera que ocupa a cadeira de primeiro-ministro de Israel.
Para se ter uma ideia do tamanho do massacre e da violência perpetrado por Israel contra civis inocentes na Faixa de Gaza, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia matou, em 1 ano e 8 meses (ou 605 dias), 508 crianças ucranianas, quantidade cinco vezes menor que a registrada em pouco mais de duas semanas no território palestino.
Infelizmente, tudo indica que essa contabilidade macabra não deve parar por aí. E, como se nota, ela tende a ser cada vez mais favorável ao lado de Israel. Não só pelo poderio bélico do seu Exército, infinitamente maior que o do Hamas, mas também pelas condições subumanas que o Estado israelense tem submetido o povo palestino, que há anos é obrigado a sobreviver confinado e espremido, numa espécie de prisão a céu aberto, na diminuta Faixa de Gaza.
Solução Final
Pelo massacre que se viu até agora, a pretexto de se vingar dos integrantes do Hamas (grupo extremista que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e prega a destruição de Israel), pela ação covarde que resultou na morte de centenas de civis em Israel no dia 7 deste mês e no sequestro de mais de 200 pessoas, não há dúvidas de que Netanyahu está empenhado em aproveitar a deixa para varrer, de vez, o povo palestino do mapa.
Para isso, lançou mão de um plano hediondo, que lembra um outro de triste memória, o da “Solução Final”, a política genocida posta em prática pelos nazistas para exterminar os próprios judeus e outras minorias étnicas, durante a Segunda Guerra Mundial.
O pacote genocida
O pacote genocida engendrado por ele, inclui o desprezo aos apelos humanitários pelo cessar-fogo contra a população civil; a violação sistemática de normas e tratados do Direito internacional Humanitário, que apregoam a defesa e o respeito à população civil; os cortes de água, medicamentos e de comida para os palestinos; o lançamento de bombas e mísseis em escolas, hospitais e em regiões densamente povoadas de Gaza, além da proibição da entrada de qualquer ajuda humanitária no território palestino.
Bônus
O pacote deixa como “bônus”, um cenário de filme de terror, composto por pilhas de cadáveres e de escombros, rastros quilométricos de sangue, milhares de feridos, com sofrimentos físicos e psicológicos.
Deixa também boa parte do mundo perplexo, indignado e entristecido, de assistir, impotente, até onde pode chegar a maldade humana, conduzida por um homem que não hesita de matar de fome e de sede toda sorte de pessoas – crianças, adolescentes, mulheres, homens e idosos.
Sem falar na humilhação imposta ao povo palestino, que vê o sonho de assegurar o seu próprio território e de se transformar num Estado soberano para, enfim, poder viver em paz, se distanciar ainda mais.
Alguém apostaria que tamanha barbárie, resultante de uma reação desproporcional do Exército comandado por Netanyahu, ficará sem resposta?