Escritor e exímio contador de causos, Olavo renovou a Academia Mineira de Letras abrindo-a para o público

Olavo Romano, presidente emérito da AML, morre em BH

Olavo era admirado pela sua inteligência, boa memória, bom humor e pela luta incansável em defesa da cultura

O escritor e presidente emérito da Academia Mineira de Letras (AML), Olavo Celso Romano, faleceu na tarde desta quinta-feira (16/11), em Belo Horizonte, aos 85 anos. Ele foi diagnosticado com câncer e estava internado em um hospital da capital mineira.

Olavo ingressou na AML em 2004. Assumiu a cadeira 37, que tem como patrono Manoel Basílio Furtado, e sucedeu Edgard de Vasconcellos Barros. Nove anos mais tarde chegou à presidência. No período que dirigiu a AML, de 2013 a 2016, imprimiu a sua marca, renovando a instituição centenária, oxigenando-a e abrindo as suas portas para o público.

Admirado por sua inteligência, boa memória, bom humor e pela grande habilidade para contar causos, foi incansável na sua luta para defender e disseminar a cultura. Aliou os seus causos à música e caiu na estrada. Juntou-se a violeiros e levou sua prosa sensível ao interior de Minas e de outros estados.

Olavo nasceu em Morro do Ferro, distrito de Oliveira, em 6 de setembro de 1938. Escritor de mão cheia, publicou diversos livros (em torno de 20). Formado em Direito e Administração (com mestrado na FGV-RJ), especializou-se em Planejamento Educacional (Banco Mundial) e deu aulas na PUC Minas. Na juventude, militou na política estudantil e partidária. Fez carreira no serviço público e aposentou-se como Procurador do Estado. 

A sua permanente inspiração, a conversa inteligente e o riso cativante deixarão saudades.

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