A guerra na Faixa de Gaza implementada pelo governo israelense contra o Hamas resultou no maior deslocamento forçado do povo palestino desde 1948, quando foi criado o estado de Israel.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (16/1) pela Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
Segundo a agência da ONU, três meses de ataques massivos das forças israelenses foram suficientes para deixar uma geração inteira de crianças traumatizada, milhares de pessoas mortas, mutiladas e órfãs.
Estudantes mortos
O número de estudantes mortos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia é assustador. Desde o começo da investida israelense contra o Hamas, 4.368 estudantes foram mortos e 8.101 ficaram feridos, segundo dados do Ministério da Educação da Palestina.
Professores e escolas
Os professores também não escaparam da fúria israelense. Até esta terça-feira, 231 professores e administradores foram mortos e 756 ficaram feridos na Faixa de Gaza, enquanto cinco ficaram feridos e mais de 71 foram detidos na Cisjordânia.
Ainda de acordo com o Ministério da Educação, 281 escolas públicas e 65 afiliadas à UNRWA foram bombardeadas e vandalizadas na Faixa de Gaza.
Atendimento médico
Também a organização humanitária internacional, Médicos Sem Fronteiras (MSF), denunciou que a ofensiva militar de Israel, com bombardeios incessantes e ordens de evacuação imediata, restringiram gravemente o acesso à saúde para a população civil.
“Estamos sendo forçados a deixar pacientes para trás. Praticamente não há mais espaço seguro para fornecer cuidados médicos mínimos às pessoas”, relata o MSF.
(*) Com informações da WAFA/Agência de Notícias e Médicos Sem Fronteiras