Benedito Gonçalves vota pela inelegibilidade de Bolsonaro; julgamento será retomado na 5ª.

Placar no TSE: Democracia 1 x 0 Bolsonaro

Brasília (DF), 27/06/2023 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza sessão plenária, para retomar o julgamento da ação (Aije nº 0600814-85) que pede a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e de Walter Braga Netto. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves votou a favor da inelegibilidade por oito anos (até 2030) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas evitou condenar o ex-ministro, general Braga Netto, alvo da mesma ação que imputa aos dois os crimes de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na corrida presidencial do ano passado.

Logo após o voto de Gonçalves, o julgamento foi suspenso para ser retomado na quinta-feira (29). A ação, que tem Gonçalves como relator, foi movida pelo PDT e contesta a legalidade da reunião realizada pelo então presidente com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, quando ele desacreditou o sistema eletrônico de votação.

Em seu voto, Benedito Gonçalves afirmou que Bolsonaro difundiu informações falsas para desacreditar o sistema de votação, utilizando a estrutura física do Palácio da Alvorada e a TV Brasil, uma emissora de televisão pública, para transmitir o evento.

“A prova produzida aponta para a conclusão que o primeiro investigado [Bolsonaro] foi integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual do evento objeto desta ação”, afirmou o relator. Ele citou que Bolsonaro fez ilações sobre suposta manipulação de votos nas eleições de 2020 e alegações de falta de auditoria das urnas eletrônicas. “Cada uma dessas narrativas possui caráter falacioso”, acrescentou.

Expectativa

A expectativa do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, é de concluir o julgamento ainda na quinta-feira, desde que não haja nenhum pedido de vista. Além de Moraes e de Benedito Gonçalves, outros quatro ministros integram a Corte eleitoral – Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Raul Araújo Filho, e André Ramos.

O primeiro a votar na próxima sessão será o ministro Raul Araújo Filho, sobre quem especula-se que poderá pedir vista. Se isso ocorrer, o julgamento será suspenso por até 60 dias.

(*) Com informações da Agência Brasil

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