Por que não trocar logo o nome do Museu do Índio para Museu dos Povos Indígenas?

Um dos primeiros atos do presidente Lula, tão logo tomou posse, ainda no dia 2 janeiro, foi alterar o nome da Fundação Nacional do Índio, para Fundação dos Povos Indígenas, tendo o cuidado, porém, de manter a sigla Funai, nacionalmente conhecida há mais de 56 anos.

Ao assinar o decreto, Lula atendeu a uma antiga reivindicação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (@ApibOficial) e dos indígenas em geral, que incomodados e cobertos de razão, apontavam não só a enorme carga de preconceito que o termo “índio” carregava desde a colonização, como também a sua imprecisão para definir os povos originários.

Índio vem do fato de os colonizadores terem chegado às Américas achando que estavam na Índia e por isso, erroneamente, passaram a se referir à população local empregando esse termo. Já indígena vem do latim e define os povos originários de um lugar.

Assim, para ser coerente e justo com os indígenas (esse, sim, um termo bem mais correto e preciso) seria interessante que o governo, alterasse logo os nomes do Museu do Índio e de todos os documentos do estado brasileiro, como o Estatuto do Índio e o capítulo da Constituição Federal, que trata dos direitos das populações indígenas, e que (ainda) está intitulado como “Dos Índios”, entre outros.

O primeiro passaria a se chamar Museu dos Povos Indígenas, o segundo viraria Estatuto dos Povos Indígenas, enquanto o artigo constitucional seria nomeado “Dos Povos Indígenas”. Que tal?


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