Ao contrário do que se vê em outras capitais, em Belo Horizonte, as obras se arrastam sem pressa para acabar

Principal avenida de BH coleciona obras inacabadas e com direito a ‘bota-fora’

Bota-fora na Afonso Pena, principal avenida da capital mineira, está prestes a fazer seu 1º aniversário; tudo indica que ele veio para ficar. Fotos: HZ

Belo Horizonte está dando a impressão de que está sem rumo, abandonada pelo poder público. Várias obras estão em andamento desde o ano passado. Mas os trabalhos, ao contrário do que se vê em outras capitais, se arrastam sem nenhuma pressa para terminar.

Não se sabe bem o motivo. Se ele decorre do fato de o prefeito titular, Fuad Noman (PSD), estar internado num hospital há 43 dias, ou se da interinidade exercida pelo vice-prefeito, Álvaro Damião (União Brasil), que talvez ainda não tenha se inteirado do assunto ou tido tempo para circular pela cidade e vistoriar as tais obras.

Neste post apresentamos três exemplos que chamam a atenção. Principalmente, por que eles ocorrerem em trechos distintos da avenida Afonso Pena, a principal via de BH.

O primeiro exemplo se refere à obra que vem sendo tocada na Praça Milton Campos, no encontro das avenidas Afonso Pena e Contorno, no sentido centro-bairro.

A praça está completamente cercada por tapumes metálicos há quase um ano. Não há placa oficial com indicação do que se trata, nem informação alguma sobre o que acontece do lado de dentro do cercado.

No local, que ja virou um mistério para os moradores da região, a PBH ou a empreiteira elegida por ela, ergueu ao menos dois enormes banheiros, com duas caixas d’água.

Há também depósitos, provavelmente, destinados à guarda de materiais de construção. No local circulam tratores e outras máquinas pesadas, além de carros de passeio. Não se sabe se pertencentes à PBH ou particulares.

Mais para baixo da Afonso Pena, na altura do numero 2.881, chama a atenção o monte de entulhos, com materiais diversos como pedras, terra, bacias, galhos de árvores etc, que está empilhado no canteiro central da avenida.

Bota-fora

O “bota-fora” está fazendo aniversário de um ano numa das regiões mais nobres da cidade. Os dias vão passando e nada de a PBH retirar a sujeira, que já matou o gramado do canteiro e virou uma espécie de lixão.(veja foto abaixo).

Já a terceira obra, foi concluída em parte. Ela despertou muita polêmica, principalmente, pela pouca possibilidade de se tornar viável.

Trata-se de uma ciclovia exótica, construída numa subida, do número 4001 até a Praça da Bandeira, em um local pouco apropriado para pedalar.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) embargou a obra, indicando que ela poderia causar congestionamentos e que não haveria certeza de que a obra traria benefícios ambientais e de mobilidade. 

A PBH gastou alguns milhões de reais na construção e recorreu da decisão do MP. O caso segue sendo discutido na Justiça mineira.

Enquanto isso, o trânsito na área piorou e o problema segue sem solução à vista.

Praça Milton Campos está cercada por tapumes há quase um ano; não há movimentação alguma de obra no local

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