Que tal uma refeição azeda, servida com baratas, moscas e larvas? Nos presídios de MG tem de sobra

As refeições contaminadas por insetos e larvas estão presentes nos pratos servidos em diversas unidades que integram os sistemas prisional e socioeducativo do estado de Minas Gerais. Recebem a “iguaria” azeda e podre tanto encarcerados, quanto os policiais penais responsáveis pela segurança das instituições penitenciárias mineiras.

Apesar de o governo mineiro gastar cerca de R$ 600 milhões por ano (ou R$ 50 milhões/mês) com refeições para os detentos e servidores, as denúncias sobre a péssima qualidade da comida têm sido recorrentes ao longo dos anos e dizem respeito à quase totalidade dos 195 presídios, carceragens e penitenciárias atualmente sob responsabilidade do estado.

A denúncia da vez foi feita nesta terça-feira (25/3) por policiais penais que participaram de audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Eles destacaram as más condições de higiene e o transporte inadequado dos alimentos existentes nas unidades da Zona da Mata, em Juiz de Fora, e na região Noroeste, em Unaí e Paracutu, onde, não bastasse o azedume das marmitas, até um gambá foi visto em meio às refeições.

O presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado, Jean Carlos Rocha, alerta que o governo de Minas Gerais estaria jogando no lixo cerca de R$ 1,6 milhão todos os dias, em decorrência da contaminação das marmitas, que acabam sendo recusadas pela clientela e jogadas fora.

Outro lado
Minas Gerais possui 106 contratos vigentes, com 22 empresas, para a oferta de alimentos naqueles dois sistemas, de acordo com a subsecretária de Gestão Administrativa, Logística e Tecnologia, Ana Luisa Falcão, representante do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública.

Ela disse que todas as denúncias feitas pelos canais oficiais são apuradas. Em 2022, elas resultaram em 4,5 mil notificações e R$ 7,5 milhões em multas às empresas infratoras. As maiores penalidades previstas nos processos administrativos punitivos são a rescisão do contrato e a impossibilidade de contratação com a administração pública.

(*)Crédito foto: Divulgação

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