A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter as prisões preventivas dos três suspeitos de planejarem o crime e mandarem matar a vereadora do PSOL Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Os suspeitos do duplo assassinato ocorrido em 2018 são os irmãos Brazão (Domingos Inácio Brazão e João Francisco Inácio Brazão, respectivamente, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e deputado federal pelo União Brasil) e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior.
O trio teve a prisão decretada preventivamente no domingo (24) pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Eles foram detidos no Rio de Janeiro pela Polícia Federal e levados no mesmo dia para presídio federal em Brasília.
Na decisão desta segunda-feira (25), os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux seguiram o voto de Moraes.
Ao justificar as prisões, Moraes escreveu haver “fortes indícios de materialidade e autoria” do planejamento do assassinato pelos três presos, e de manobras para encobrir a autoria do crime e atrapalhar as investigações.
Além do relator, o único a apresentar um voto por escrito foi Dino. Segundo escreveu, as prisões preventivas se justificam diante de um “ecossistema criminoso” que teria sido montado dentro do Poder Público para encobrir a autoria do crime.
Os ministros seguiram parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo o qual se os três “permaneçam em liberdade, continuarão a obstruir os trabalhos de Polícia Judiciária, valendo-se do poderio econômico de que dispõem e dos contatos com as redes ilícitas existentes no Município do Rio de Janeiro”.
(*) Com informações do STF e da Agência Brasil