Apesar de Zema ter se negado a encontrá-lo, Dino disse que o seu ministério está de portas abertas para MG

Zema se recusa a receber Flávio Dino em BH. Será por que o ministro é do Nordeste?

Flávio Dino anunciou investimentos em MG e entregou e equipamentos de segurança em MG. Foto: Fábio R. Pozzebom/Agência Brasil

O que terá levado o governador Romeu Zema (Novo) a cometer a grosseria de não receber o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que foi a Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (21), anunciar investimentos federais para o estado, onde os problemas na área da segurança pipocam para todo lado e são cada vez maiores?

Antes de ser uma autoridade de uma área sensível para os brasileiros, Flávio Dino, como se sabe, é um cidadão nordestino. Será que a falta de cortesia do governador de Minas se deu por esse motivo? Pela ojeriza que Zema ja deixou claro que nutre contra o Nordeste brasileiro?

Aliás essa sua aversão contra os nordestinos, além de ofender a população da região, afetou a própria imagem do estado que ele governa e manchou a história política de Minas. Atentou também contra a tradição secular do povo mineiro, que educadamente, sempre soube bem receber quem a visita, sem jamais discriminar os que pisam no seu solo.

Mas talvez não tenha sido por isso. Romeu Zema pode estar apenas julgando, obviamente de maneira equivocada, que o estado que governa seja autossuficiente. Um estado que por essa razão, pode se dar ao luxo de prescindir da ajuda do governo federal para resolver seus incontáveis problemas e que não se limitam à área da segurança pública.

Ou então, quem sabe, Zema não estaria simplesmente se espelhando em Jair Bolsonaro (PL), sua principal referência na política, que fez do Brasil um pária internacional. Os sinais de ele estaria seguindo a cartilha do modo bolsonarista de governar têm sido claros e apontam para isso.

Zema já recusou diversos convites para se encontrar com o presidente Lula, participar de solenidades e reuniões com outros governadores e ministros. Assim como Bolsonaro, ele tem preferido se superar na arte de falar bobagens. Entre outras asneiras já ditas por ele, estão as ofensas a outros estados e a defesa da divisão do brasileiros, entre os do norte/nordeste e os do sul/sudeste.

São propostas e atitudes infantis e inconsequentes que levam ao afastamento do governo federal e impõe mais atraso a Minas Gerais. Elas não não ajudam ao Brasil a superar as suas enormes dificuldades e não constroem uma relação política saudável para o estado.

Ao contrário, agindo assim como fez o ex-presidente, Minas Gerais corre o risco de se transformar rapidamente em um estado marginal do ponto de vista da federação, onde todos poderão perder.

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